sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Esta é a forma mais cruel de se apaixonar
Isto é se apaixonar por você e você estar a mundos de distância

Talvez nós nos perdemos na tradução
Talvez eu fiz muitas perguntas
Mas talvez isso era uma obra prima
Até que você rompeu tudo
Correndo assustado
Eu estava lá
Eu me lembro disto
Muito bem

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Toma, aqui está o ar que respiro os passos que dou os sonhos que almejo.Entrego-te nas mãos o sorriso dos meus lábios, as lágrimas que me escorrer pelos olhos, os abraços todos eles alimentados de devaneios. És tudo seu! O ultimo suspiro do meu peito, o sangue de minhas veias, as batidas do meu coração. Ficas com tudo, eu não me importo mais. Porém quero que saias da minha existência, que abandone os meus passos e deixe-me a mercê da vida, sem que eu tenha mais nada a oferecer. Peço que vá embora, suma dos meus olhos pela eternidade, pois não quero fitar a lembrança de algo que me fez tão mal.

Apago, recomeço, apago, e recomeço outra vez...
As horas passam, já é noite. O mundo escureceu. Recomecei novamente e não quero ter motivos para apagar, estou cansada dessa incessante briga comigo mesma. Deixo-me guiar pelos dedos, escrevo sem o intuito de corrigir os meus erros. Escrevo por que as palavras que me vêem agora são como vozes que me dizem coisas, e eu não podemos apagar o que dizem outras vozes. Eu não posso frear os sussurros, não mais.
Nesse instante meu peito estar tomado de raiva, nesse instante eu queria poder não ser eu, pois dessa forma, fugindo de mim mesma eu não sentiria essa incapacidade juntamente com esses sentimentos de ódio, e seria, quem sabe, um alguém melhor. Mas não posso fugir, por mais que eu queira, sei que é inútil ignorar o que se passa dentro de mim, assim como é inútil escrever  essas palavras. Mas faço isso por que de certa forma espero me esvaziar.  
O meu coração dói, e não posso respirar normalmente. Fugir seria o mais correto? Mas para onde? Que lugar abrigaria um ser tão complexo, cheio de enigmas e mistérios? Não. Eu não devo fugir a dor não me abandonará. Ela está aqui, tocando friamente o meu ombro. Eu posso senti-la. Ouço suas frases, sozinha nessa casa, a mercê da noite. Mas não a temo, não.
Continuo sentindo raiva, e provavelmente sentirei até que se esgotem as palavras, ou que simplesmente canse de escrevê-las. O mundo não se importa. O mundo não é nada, e eu não sou parte dele.  Vivo solitariamente a minha própria solidão, e não quero companhia nessa caminhada incerta que se chama vida. Sinto-me bem dessa forma. A solidão me abriga no ápice da minha decadência interna, entende minha dor melhor do que as palavras, e até, melhor do que mim mesma.
Sinto minha raiva se esgotando por dentro, afundando nas águas turvas das minhas lágrimas reprimidas. Estou bem. Temporariamente bem. Agora não a por que continuar a escrever. Pouparei as palavras, pois sei que brevemente precisarei das mesmas. Descanso-as dentro de mim, para que no futuro incerto elas possam ser a salvação da minha alma. 

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012


Hoje eu sei quais são as pessoas que valem a pena lutar para tê-las ao meu lado. Depois de tantos tropeços, reconheci finalmente a vitória, e esta veio por meio de meus olhos, pois hoje não uso deles para derramar lágrimas, mas sim para fitar o passado e ver que no presente eu sou aquela pessoa que um dia sonhei em ser! Tenho princípios, personalidade, orgulho, e tenho acima de todas as coisas amor por mim mesma. 

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Pessoas estupidas vivendo suas vidas medíocres, eu cansei de aturar suas inúteis existências! Agora vocês terão a obrigação de se calarem, pois chegou a MINHA vez de falar o que está engasgado, e vocês terão que me ouvir.  

Nunca senti isso! Ou melhor, nunca fui de sentir nada. Sempre existiu dentro de mim uma espécie de rascunho sentimental que me fazia recordar de episódios importantes ao lado de pessoas, cheiros, músicas e lugares. Era como um baú que ficava a espera de algum devaneio, para poder então ser aberto.  
Mas agora afirmo que tudo se tornou diferente. Posso não saber explicar como ocorreu essa súbita transgressão ao qual passe, pois de repente, ou inconscientemente tudo mudou dentro de mim. Por mais ou menos um mês tentei não ouvir músicas que pudessem me levar a pensar nas coisas que aconteceram, e que mexeram muito mais do que eu previa dentro de mim. Achei que me esquivando dessa forma estaria protegida dos meus próprios sentimentos. Quis fugir e voltar somente no momento em que me sentisse forte, para então poder olhar o mundo de frente, sem medo de que as provações pudessem me fazer cair novamente. Mas ontem percebi que esse tempo me fez renascer, e me presenteou com uma força que jamais pensei que pudesse estar dentro de mim. Ouvi músicas que no passado levariam meu coração as lágrimas, mas que ontem entraram por meus ouvidos e não me causaram absolutamente nada. Meu coração as ouviu atentamente, vasculhou a caixa de rascunhos e percebeu que a mesma estava vazia e limpa de todo o e qualquer vestígio de um amor inútil. É estranho, devo admitir, pois minha alma sempre foi repleta de sentimentos fortes e sensações inexplicáveis, mas agora, porém não há nada. Absolutamente nada que consiga fazer o meu coração se acelerar de alegria ou chorar de saudade. Nada que me desperte o amor. 

domingo, 18 de novembro de 2012


Eu quero mais!
Um café mais quente. Um dia mais frio. Um amor quem sabe mais verdadeiro.
Eu quero mais do que apenas escrever o que dita a minha mente, quero ouvir o coração pulsar palavras no mesmo ritmo que bombeia o sangue para o meu corpo. Quero ouvi-lo, traduzi quem sabe todos os sons de palavras estranhas que carrega o meu peito, e escrever. Escrever mais a cada dia, a cada hora. Viver de escrita. Alimentar-me somente de palavras. Respirar poesia. Trocar essa existência banal e me tornar um alguém que vive para escrever o mundo e todos os sentimentos que me rodeiam.
Eu quero muito mais do que dias monótonos. Quero sentar sem pressa de descobrir o que virá no próximo segundo, folhear livros com cheiros de tempo perdido, poder ouvir alguma melodia inspiradora de um dia ensolarado de domingo. Quero viver intensamente a minha monotonia. Ama - lá, pois ela me traz e me faz ser o que sou. É parte da minha essência sem nome. Traz cores a minha alma descolorida.
Quero, e por que há de não querer mais amor? Se o mundo em que vivemos estar dessa forma por falta de pessoas com sentimentos nobres no coração. Eu o Quero, e quero muito que o amor venha até mim por vontade própria. Pois agora não o procuro mais. Cansei. Espero que ele venha rápido, a porta está aberta. A janela também. Tragam-me mais amor, por favor! Que ao chegar ele possa levar embora toda a hipocrisia, os falsos sorrisos, essa moral que todos fingem ter. Um pouco mais de amor para que quem sabe ele me liberte de todo esse ódio que tenho do ser humano que me rodeia me olha e avalia. Peço que esse amor ainda sem dono possa me fazer um alguém melhor, mas digno de tal sentimento.
Eu quero mais do que o mundo pode me dar, e assim intensifico a minha existência para que essa seja lembrada por gerações. Quero ser história, partem de palavras, frases. Quero ser a própria escrita que me rouba os pensamentos. Eu quero ser. Sem medo do mundo, dos olhos de cobra, das mentes de pedra. Eu quero e assim serei. Eu quero e posso. Eu sou.

sábado, 17 de novembro de 2012


Estar de fato ao lado de alguém não é apenas rir nos momentos felizes, ou mandar sms convidando para algum evento onde a sociedade se mostra através de sorrisos superficiais e roupas caríssimas a pobreza de seus espíritos. Estar realmente ao lado de alguém é sofrer quando o amigo sofre, é ajoelhar no silêncio da noite e pedir a Deus toda a proteção que só ele é capaz de conceder, é ser forte apenas para repassar toda a sua força quando o outro estiver no declínio, é ser palhaço no momento de tristeza apenas para vê-lo sorrir. E acima de todas as coisas, estar ao lado de alguém é ignorar os comentários maldosos, é segurar firme na mão do outro como prova de que VOCÊ ESTÁ ALI PRO QUE DER E VIER. PARA AS DERROTAS E VITÓRIAS, E PRINCIPALMENTE PARA DEFENDÊ-LO DO MUNDO, SE PRECISO FOR. Afinal, uma amizade verdadeira não é algo superficial, ou conveniente ao outro. Já diziam que você só saberá o valor de um amigo quando estiver passando por provações, e agora sabemos o quão verdadeira são essas palavras. As mascarás caíram diante dos nossos olhos, mostrando os verdadeiros monstros escondidos em seus interiores. E eu só quero que você saiba que em meio a tantos lobos eu permaneço aqui, e irei continuar ao seu lado nesse momento tão crucial da sua existência. Afinal, diferente daqueles que diziam ser o que nunca foram nós sabemos o valor de uma amizade verdadeira, e você sabe que ao seu lado eu estarei sempre.

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Deve ser frustrante para vocês verem que seus comentários medíocres não afetaram em nada a minha opinião, pelo contrário,estou cada vez mais convicta de estar fazendo o que é certo, apoiando quem merece e sem medo algum dos julgamentos dessas pessoas que se sentem melhores por estarem em cargos que não faz jus ao caráter já apodrecido de cada um.

quarta-feira, 7 de novembro de 2012


Tem dias que acordo querendo escrever o mundo, ouvindo tudo e gravando cada sensação que o universo joga ao vento. Tem dias que parece que as horas não passam o relógio não anda, nada acontece, e eu fico sem saber como demonstrar essa inquietação interna que me rouba as palavras da ponta dos dedos como um ladrão a sua pedra mais preciosa. Então tento, leio algo, penso rabisco, mas nada parece fazer sentido nesses dias em que o relógio não anda e nada acontece.
Caminho até o próximo cômodo da casa, e aos meus olhos tudo estar arrumado demais perto dessa bagunça interna que existe dentro do meu peito, então sento, e tomo um café quente esperando que as palavras voltem às linhas do meu caderno, mas o relógio não nada e nada acontece, e tudo fica assim meio monótono, quase sem sentido algum para mim e essa minha estranha mania de procurar fazer poesia onde não há inspiração se quer para um verso torto de uma escritora oca que procura preencher o vazio com as palavras que o mundo joga sobre o vento que enrosca o entardecer e vem direto pro papel, como se essas palavras já soubessem o que cada um de nós precisa, ou pior ainda, como se elas conseguissem camuflar o buraco que há em cada escritor.
Mas o relógio não anda e nada acontece, e eu fico aqui sozinha com meus pensamentos, esperando que talvez o café esquente ou que o tempo me faça esquecer o que ainda é tão vivo dentro dos meus pensamentos. Mas nada parecem acontecer, os dias são monótonos, as palavras não vêem o relógio não anda, e nada acontece dentro de mim, tudo é tão inreversível ao ponto de chegar a pensar que o mundo inteiro vai mudar e eu serei a única a ser eternamente submissa a sentimentos e vontades que só afundam ainda mais o meu peito nesse oco, onde o tempo não passa e nada acontece. 

quinta-feira, 1 de novembro de 2012


Hoje minhas palavras serão voltadas apenas para você, na esperança de que estas mesmas palavras possam servi-lhe de fortalecimento nos momentos que estão a sua espera. Hoje, eu gostaria de poder fazer mais por você, não que escrever seja algo minúsculo perante a todas as outras coisas nas quais poderia estar fazendo neste momento, mas é que às vezes –ou na maior parte do tempo- sinto como se não pudesse resgatá-la de todos os incômodos que o destino está infelizmente colocando em sua vida. E estou me vendo um tanto fraca perante a todas as injurias que o acaso nos remete, pois é para mim perturbador ver pessoas que não merecem sofrer por coisas ou pessoas, por palavras, ou silêncios tão incômodos ao ponto de nos roubar lágrimas até na inconsciência.
Não posso afirmar que sei o que você está passando, pois cada dor é sentida de um modo diferente, cada lembrança tem seus significados e o amor, ah, o amor ele pode infelizmente instalar-se de formas e intensidades únicas para cada ser humano, então querida amiga, talvez o que você esteja sentindo seja algo jamais passageiro, intenso, e tão forte ao ponto de não conseguir ser arrancado em palavras, lágrimas ou escritos. Saiba que agora, depois de muito pensar e me questionar, pude enfim entender que o seu silêncio é na verdade uma forma que você encontrou para lutar contra os próprios monstros que a assombram e por isso aprendi a respeitá-lo acima de todas as coisas, pois chegará o tempo certo em que você falará dos seus medos, tormentos e melancolias como quem conta uma história já quase esquecida, e nós duas iremos rir disso tudo enquanto tomamos um café doce e quente, em uma tarde prospera de verão. Eu acredito nisso.
Da mesma forma como acredito no seu potencial e na sua força interior. Sei que este final de semana não será nada fácil, você terá que passar por cima do cansaço, e de todas as dores, mas isso será apenas um dos tantos obstáculos que você ultrapassará com êxito, pois essa prova será apenas a confirmação concreta de toda a sabedoria que você possui, e que te levará a uma boa universidade, e conseqüentemente a um futuro glorioso. O seu futuro prometido. Quero que ao sair de casa tenha a certeza de que estarei na minha pedindo aos anjos que a protejam e a iluminem em todos os seus passos, e principalmente que eles te guardem e te façam retornar para casa com saúde e disposição para enfrentar mais um dia. Eu estarei te esperando para comemorarmos a sua vitória tanto pessoal como sentimental, pois como disse, nós ainda daremos boas risadas em cima de todas essas coisas que hoje nos afligem o peito. Afinal, como todos dizem: O tempo é o melhor remédio pra curar feridas e mal de amor, não é mesmo?  Então que venha o tempo com o seu remédio chamado esquecimento, e que ele só nos faça coisas boas, e nos traga alegrias e muitas conquistas, pois é disso, somente disso que precisamos.

                                                                        - Para: Das Dores Monteiro. 

terça-feira, 30 de outubro de 2012

 (...) O Halloween é o mais importante de todos os Festivais, pois, dentro do círculo, marca tanto o fim quanto o início de um novo ano. Nessa noite, o véu entre o nosso mundo e o mundo dos mortos se torna mais tênue, sendo o tempo ideal para nos comunicarmos com os que já partiram.O poder de magia pode ser sentido no ar, nessa noite. O Outro Mundo se coaduna com o nosso conforme a luz do Sol baixa e o crepúsculo chega. Os espíritos daqueles que já partiram para o outro plano são mais acessíveis durante a noite de Samhain. (...)

sábado, 27 de outubro de 2012

Algumas coisas não necessitam de seres escritas para que tenham uma grande significância, bastam que essas mesmas coisas saibam ser observadas por olhos atentos a todas as mudanças e comportamentos humanos. Tenho lido bastante sobre muitas coisas, e devo dizer que absorvi bastante do que aprendi não somente nos livros, mas também com pessoas que já tiveram muitas experiências e histórias a serem contadas. De relance me senti um tanto estranha ao ouvir o que as pessoas me diziam, pois jamais poderia imaginar que entre diversos sorrisos havia seres com uma alma tão repleta de tristeza. Foi estranho, devo confessar, mas também foi renovador poder testemunhar a volta por cima, ou o fim do poço de determinadas pessoas. Guardei frases, palavras e até diálogos inteiros que foram diariamente sendo compartilhado e que duraram quatro meses do meu ano. Um ano que me trouxe muitas surpresas, mas que também me fez abrir os olhos e enxergar fatos e sentimentos cuja verdade não passava de uma pura e fantasiosa ilusão. Tive minhas quedas assim como qualquer outra pessoa que tem a coragem de se arriscar sem medo ou receio da vida, mas levantei ainda dolorida, um pouco arranhada, porém com a mesma dignidade na qual caí. E hoje eu posso afirmar que ter ouvido todos os lamentos, confissões, desabafos, e até lições de moral, me transformaram em uma pessoa mais madura, e por que não dizer forte, decidida, e sem aquela ilusão de que todos falam a verdade, e que o amor pode ser encontrado na primeira esquina de uma rua qualquer. Nesse instante estou feliz por finalmente compreender certas coisas que antes me pareciam quase impossível de assimilar. Sei que estou no caminho certo, pois finalmente pude ter a maturidade suficiente para priorizar o que de fato é importante na minha vida, aquilo que semeado só me presenteará com frutos bons. Agora, já não a mais tempo de remoer o que passou nem chorar arrependimentos que sempre só couberam a mim, estou centrada demais em meus objetivos, para deixar que o filtro da minha realidade deixe escapar alguma gota de ilusão. Além do mais tenho gravado na mente todos os exemplos nos quais adquirir com pessoas que sofreram decepções por acreditarem demais, e é através de todas essas coisas que eu venho construindo um muro como objetivo de me afastar de qualquer sentimento de uma veracidade duvidosa, ou até de sonhos que jamais terão a finalidade de se realizarem.

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

" Por que você nunca acredita no que eu falo?"
"Será o fato de você nunca ter me dado motivos pra acreditar?"
"Eu quero você!"
"Bonitas palavras, mas é uma pena, pois elas não vão mudar as coisas entre nós"
Saudade...
Eu aposto que você pensa que eu mudei ou que te odeio 
Porque cada vez que você chega não há respostas
Aposto que nunca, nunca ocorreu em você que eu não posso dizer Olá 
E arriscar um novo adeus

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

" Você não é um descaso"
"Ah não?"
"Não. Você é uma luz na minha vida! E eu gosto tanto, tanto de você minha menina"
"De verdade?"
"Claro que sim"
"Eu também gosto muito, muito, muito mesmo de você, meu descaso"

quarta-feira, 17 de outubro de 2012


Eu senti com certeza na noite passada
Que uma vez que dissemos adeus
Ninguém mais vai conhecer esses sonhos solitários
Ninguém mais vai conhecer aquela parte de mim
Ainda estou dirigindo por aí
E eu sinto muito, todo dia
Eu não vou sempre amar essas coisas egoístas
Eu não vou sempre viver sem parar
Era minha vez de decidir
Eu sabia que essa era nossa hora
Ninguém mais vai me ter como você tem
Ninguém mais vai me ter, só você
                          E nada vai me fazer esquecer nem superar nossas palavras de adeus.

terça-feira, 16 de outubro de 2012

E agora tudo o que peço é que me deixem aqui com o meu eterno oco no peito, e toda essa realidade absurda que antes meus olhos não conseguiam enxergar.Imploro ao tempo força pra superar tudo de ruim que essa situação me causou, e determinação para que um dia, quem sabe, eu possa erguer a cabeça e dizer que superei.
Eu espero que você entenda meu súbito afastamento, e que não pense nele como prova do meu orgulho, ou do pouco sentimento que carrego. Afinal, se estou me afastando agora, depois de tudo o que aconteceu, foi por que meus olhos finalmente se abriram e eu pude perceber que nós dois jamais conseguiremos ultrapassar todas as barreiras que existem em nossos caminhos. Se nesse instante o que mais quero é esquece-lo, é por que o acaso assim determinou, mas não pense que o amor que sinto será extinto do meu peito, muito pelo contrário. Nós podemos nós distanciarmos, e até nos tratarmos como dois estranhos perdidos neste mundo tão imenso, você, quem sabe um dia esquecerá de tudo o que aconteceu, mas eu jamais, em hipótese alguma, perderei nossas lembranças no tempo, nem deixarei que outro furte o lugar que você conquistou tão arduamente, e que agora se tornou seu eternamente. 

domingo, 14 de outubro de 2012

Escuridão, onde estão os fantasmas dos meus medos?


Há pouco senti uma saudade enorme da sua presença sempre tão nítida em meus dias de solidão, então recordei que faz um ano que você me apareceu pela primeira vez em um agonizante sonho, no qual o medo me fez ignorar. Mas você, querida amiga longiguia, não permitiu deixar a lembrança de sua alma sair dos meus pensamentos. Me seguia nas noites sem lua, corria pelas calçadas quebrando o silêncio noturno, e dançava macabramente uma melodia fúnebre.
Tive medo quando o sino tocava doze badaladas, e logo em seguida meu leito esfriava com tua presença sentida em um aroma de rosas brancas, igual aquela que deixaste sobre minha cama como prova de tua existência. Meu corpo tremia, e minhas palavras pareciam mergulhar nas águas negras que um dia me tirou a vida, e tudo por que você, amiga longuigua, era presença sentida em meus dias solitários.
E agora por onde anda a menina de vestes brancas e face triste que por meses era o temor do meu coração? Pergunto-me se esta a cantarolar em algum campo distante de onde estou e se sabe da falta que sinto de tua presença, ou por que não voltas a residir em meu leito acompanhando-me nesta inútil existência que me rouba o amargo aroma da morte. Peço em suplicio que volte a sua antiga moradia de um ano atrás, e que traga juntamente consigo a minha alma já esquecida.

                                                                                          Beatrice Portinari.  
E chega uma hora em que você cansa de fazer parte dessa brincadeira sem graça que é o amor. E então você vai lá, toma a chave de volta, respira e tranca o coração para que ele não volte a abri-lo inutilmente.

E sabe de uma coisa, eu acho que se você me ligasse neste instante falando que a vida deu uma chance pra nós dois, que os obstáculos foram todos superados, e que você me ama como jamais amou alguém, eu te diria que por muito tempo tudo o que eu desejava era ouvir todas essas belas palavras direcionadas somente a mim, mas que agora, depois de ontem e depois de tudo, eu já não sei se quero mais você e essas migalhas idiotas desse seu falso amor.

sexta-feira, 12 de outubro de 2012


                                                          Tocá-lo era como entender
                                     Que tudo que você queria estava bem ali na sua frente
                                                       Memorizá-lo foi tão fácil como saber
                                          Todas as palavras da sua velha música favorita
                              Brigar com ele foi como tentar resolver uma palavra cruzada
                                                 E perceber que não há resposta certa
                                           Me arrepender dele foi como desejar que você
                          Nunca tivesse descoberto que o amor poderia ser forte desse jeito

                                                                  - Taylor Swift

                                      Eu estou sozinha, comigo mesma, e é tudo que eu sei
                                   Eu vou ser forte, eu estarei errada, oh mas a vida continua
                                        Eu sou apenas uma garota, tentando achar um lugar
                                                                       Nesse mundo
Não culpo ninguém por esse meu silêncio, nem por meu olhar distante, quase melancólico. Culpo a mim, e todos os fantasmas que me acompanham e me fizeram ser o que sou hoje.
Antigamente eu acreditava que o amor era a unica ferramenta capaz de fazer com que duas pessoas permanecessem juntos para sempre, mas agora eu sei que amar não é mais o suficiente quando ambos não tem a mesma força para enfrentar o mundo e todos os obstáculos que ele infelizmente joga em nossos caminhos.
Não, e dessa vez eu não irei submeter minhas palavras para tentar transpor meus erros cometidos, nem as falhas do meu coração. Hoje eu não quero ter que relembrar minha inconsequência  e muito menos observar o local em que meu coração me deixou. Pois chegará um certo momento na vida em que chorar não é o bastante para permitir que as falhas não voltem a se repetir,e todos mais cedo ou mais tarde aprenderão isso, assim como entenderão que a palavra "nunca" é apenas uma forma de fazer o ser humano ultrapassar tudo aquilo que o orgulho um dia quis esbanjar, que a vida uma hora nos colocará em situações nas quais jamais pensamos em vivencia-las. Então chega de lágrimas. A dor está aqui no meu peito por que eu permiti que assim fosse, deixei as coisas ultrapassarem as barreiras que um dia criei. Dei ouvidos ao meu coração, e ignorei toda a razão que por muitas vezes gritava como um demente pedindo socorro. Ou tentando me proteger de mim mesma. Eu errei, e tenho total clareza dos meus erros, e o que é ainda pior, não consigo me arrepender de nenhum deles. Eu vivi, fiz aquilo que julguei ser o melhor naquele instante, me entreguei, caí, e agora estou tentando retomar minha vida do zero, cheia de cortes, sangrando, mas com um belo sorriso no rosto, e o coração totalmente dilacerado, porém sem nenhum arrependimento. Sei exatamente o tamanho do meu erro, mas sei também que sou um ser humano imperfeito que leva os sentimentos sempre a um patamar grandiosíssimo, então não posso culpar o meu coração por ter plantado esse amor que me consome todos os dias, esse amor que me faz dormir tarde da noite, e que me acorda sempre com o nascer do sol. Não posso renega-lo. Não mais. Não depois de tudo que já vivi. Pois já tenho aqui dentro de mim todas as palavras, toques, sonhos e palavras. Eu já o tenho, e tempo nenhum vai apaga-lo, nem me fazer esquece-lo. E eu não quero. Mesmo que pudesse, eu escolheria permanecer com a lembrança dos nossos dias de primavera,e de todos os sonhos construindo na areia movediça.
Hoje eu estou aqui, a espera de que alguma voz amiga me pergunte sobre o meu coração, e queira saber se sofro algum mal de amor, pois responderei que sim, nunca senti dor maior que essa, mas também nunca quis tanto que ela permanecesse eternamente dentro de mim.

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Voltaram-se os temidos sonhos de uma época já esquecida no tempo. Os temores, e o desespero de uma desafortunada vida repleta de labirintos sombrios. Voltaram-se os fantasmas a vagar em meu leito, e foram-se as palavras que um dia conseguiram descrever minuciosamente o medo que novamente reside dentro de mim.

segunda-feira, 1 de outubro de 2012



Já não me importo que digam que mudei que me olhem torto, ou me julguem. Eu prefiro ser assim, longe de qualquer amor que possa me fazer derramar lágrimas, fria o bastante para ignorar qualquer palavra de carinho, ou olhar de cumplicidade. 

sexta-feira, 14 de setembro de 2012



Neste instante posso ouvir cada pequeno barulho vindo da rua. Apesar de ser tarde da noite ainda há pessoas caminhando em silêncio, acompanhadas pela lua.
Meus ouvidos tentam captar todos os sons, mas meu corpo foi tomado por uma onda de paz, e meus olhos que de tão embriagados por este aroma, agora se fecham para esse mundo cético em que habito.
Meu espírito voa. Atravessa paredes, toca nuvens, e dança melodicamente os sons da noite. Sinto que estou sendo levada para um lugar ainda desconhecido, mas não sinto medo. Deixo que o vento leve-me até onde ficam as memórias mais resguardadas do passado.
Estou em um quarto, mas não consigo me enxergar, porém meus olhos observam tudo com clareza. A cama desarrumada, o abaju ainda ligado, e uma jarra de água pela metade. As paredes de cores calmas e tristes, e folhas. Milhares de papeis soltos pelo chão, e todos completos de uma caligrafia marcante.
Caminho por aquele cômodo sem vida, tocando meus pés na textura dos papeis, até que meus olhos a encontrou.
Seria ela a dona de todo esse sofrimento?
Aproximo-me, mas ela parece mergulhar em um universo restrito a tudo e a todos. Seu vestido aparentemente elegante está totalmente repleto de barro, juntamente com suas mãos que parecem firmes ao segurar um antigo livro. O Vento que invade o quarto faz bagunçar ainda mais aqueles enormes cabelos negros. E ela continua prisioneira dos seus próprios devaneios, talvez apenas a espera que eles um dia possam levá-la para longe de tudo que nunca de fato lhe fez bem. 

quarta-feira, 12 de setembro de 2012


Clarice...
Sabe quando as palavras explodem em sua cabeça como diálogos de dois amigos em uma tarde nublada de maio? Foi desta forma que meus pensamentos ficaram quando num daqueles impulsos vitais eu quis lhe escrever. A principio não soube ao certo como expor minhas palavras (e talvez ainda não saiba), mas então percebi que escrever é uma das poucas coisas nas quais deveríamos deixar o impulso nos levar, então eu permito, Clarice, que assim como os ventos levam às ondas de encontro à praia as palavras possa levar-me até o mais intimo da minha alma, fazendo com que as flores dos meus silêncios desabrochem.
Há pouco ouvi soar o sino da igreja em três longas badaladas, e pude então recordar de tuas palavras:
“Às três horas da tarde sou a mulher mais exigente do mundo. Fico às vezes reduzida ao essencial, quer dizer, só meu coração bate. Quando passa, vêm seis da tarde, também indescritível, em que fico cega.”
Tenho convicção de que agora –enquanto me deleito na xícara de café e em tua carta- o seu pequeno coração bate. Mesmo que os fatos me mostrem o contrário, eu continuo crendo em tuas palavras, e mais ainda, creio que agora o teu coração vive com a mesma liberdade daqueles pequenos pássaros que voam sem destino.
Não sei ao certo quando, mas algum dia estas palavras chegarão até suas mãos, e Clarice Lispector enfim saberá que vive eternamente dentro de mim. 

terça-feira, 11 de setembro de 2012



Solidão tire de mim essa sensação ruim que agora carrego no peito, e me faça acreditar que todos dizem a verdade, e não que estou dispersa em um mundo de mentiras, onde meus olhos só conseguem enxergar a farsa de pessoas tão contraditórias a meu ver.
Solidão, ignore a dor que agora sinto, e amenize a sensação de exílio. Permita que meu ser acostume-se a ouvir apenas os cantos dos pássaros, e as vozes sussurrantes que me velam nas madrugadas. Que eu aprenda a viver como se os dias tivessem sido sepultados, e que a angustia da monotonia se transforme na inspiração dos meus pobres versos.
Quero novamente acreditar que na solidão posso conhecer o mundo, e que no exílio eu me descobrirei. E só assim, acreditando no impossível, suportarei viver meus dias como quem espera o descanso eterno dos mortos.

Ultimamente ando tão silenciosa com relação a determinadas situações, que muitas vezes me pego a pensar que essa vontade de estar assim uma hora me fará mal. Às vezes tenho uma enorme vontade de poder desabafar com alguém, quem sabe até falar dos meus devaneios como quem conta uma triste história de decepção, mas então sou tomada por um pensamento de que novamente não conseguirei expor meu declínio para outros ouvidos que possam então testemunhar o que me acontece. Acho que esse silêncio que venho alimentando conforme os dias passam, agora é tão imenso e abrangente que não há como  dominá-lo, ou voltar a ter confiança no seres humanos. Tenho medo, sim. Um enorme pavor dessas paredes que me parecem mais próximas a cada anoitecer, deste chão cinza e frio que me toca os pés. E até de todos os livros que agora já não consigo ler.
Tenho visto lágrimas escorrerem por minha face constantemente, e muitas vezes involuntariamente. Choro por não conseguir escrever os meus sentimentos, e tudo que sinto aumentar tão rapidamente dentro do meu peito. Choro por essa dor que não passa, e pelo passado que me bate a porta apenas para me fazer relembrar de todas as coisas que perdi. Ou que de fato jamais me pertenceram.  
Sou um ser totalmente repleto por as tristezas que o silêncio esconde por trás de todos os sorrisos que meus lábios mostram. Alguém que tem a alma distante, e que muitas vezes esquece-se de chamá-la novamente para habitar o seu corpo. Sou todas as complicações deste mundo aparentemente correto. Um mundo no qual jamais foi o lugar para o meu espírito residir. 

domingo, 9 de setembro de 2012


-Já não consigo escrever!- Disse por fim, encostando-se nos enormes troncos de um antigo carvalho, aninhando-se nas folhas secas que cobriam o chão. O homem que estava ao seu lado permanecia intacto ao seu silêncio quase materializado. Possuía os olhos fixos no horizonte com cores de um belo fim de tarde. Ao longe se era possível ouvir os cânticos dos pássaros que exaustos de um longo dia procuravam  descanso para seus pequenos corpos. O vento era o único som que ambos podiam ouvir naquele momento.
-Não me dirá nada?- Questionou a mulher de olhos tristes e distantes.
-Estou procurando entender o motivo pelo qual você afirma não conseguir escrever – Respondeu o homem de vestes longas e negras.
-O mundo não me proporciona nada que possa ser escrito! Aos meus olhos tudo parece um eterno preto e branco, e minhas mãos não ultrapassam essas grossas camadas de cores sem vida!-
Ao ouvir aquelas palavras o homem voltou ao seu silêncio. Seus olhos captavam cada detalhe do  fim de do dia e o começo de uma nova noite. –Eu vendo observando um enorme problema na humanidade! Todos querem a sabedoria da forma errada, e só sentem-se totalmente satisfeitos quando afirmam serem donos da situação, e assim pensam que podem lhe dá com o mundo a sua volta. Isso faz com que o espírito que habita nosso interior murche, pois não conseguirá sentir o prazer das descobertas que o universo nos proporciona. Você afirma não conseguir escrever, e ao falar isso inconscientemente está afirmando não poder evoluir mais, e acreditemos, todos nós evoluímos até o ultimo segundo de nossas vidas. Somos como esse carvalho, crescemos tão lentamente que muitas vezes nem notamos. Até que de repente ultrapassamos tudo o que jamais pensamos em conseguir alcançar. Tornamo-nos grandes, e o tempo ajudou-nos a fixar nossas raízes no chão.
A escuridão já tomava conta do lugar quando o homem acendeu o lampião, deixando que a luz amarelada invadisse por completo o lugar onde estavam.
- Então se estou evoluindo como diz, por que será que aos meus olhos tudo parece monótono e sem vida?-   
-Por que a vida está dentro de você! Talvez agora ela se encontre presa em alguns dos tantos becos do seu coração. E você só poderá encontrar sentido nas coisas ao seu redor quando se descobrir novamente-
O homem de palavras sábias foi aos poucos deixando o carvalho, e caminhando em direção a escuridão. Enquanto ela permanecia no mesmo lugar observando a noite que de tão silenciosa parecia sussurra-lhe confidencias. E foi aos poucos compreendendo que para viver era preciso entender o silêncio de cada ser que habita o universo, e que o espírito na maior parte das vezes necessita desta solidão para encontrar-se com a sua própria essência. Ela então entendeu que nunca deixou de evoluir, mas que apenas deixou que a monotonia apoderasse dos seus dias. E foi então que depois de tanta relutância  suas mãos ainda tremulas tocaram uma folha de cores gastas juntamente com uma pena, e aos poucos foi recomeçando a ouvir o que a solidão tinha a lhe dizer, e registrando com palavras toda a grandiosidade do mundo.